quinta-feira, 30 de junho de 2016

Você já teve uma dupla percepção?

Pela ciência chamada de distúrbio temporário de curto prazo, pelos místicos de “dom”, esse processo anômalo chamado “Percepção Dupla” vem afetando uma pequena parte da população mundial e agora começa a aparecer na Internet por meio de relatos das pessoas que vivenciaram esse  desfortúnio.


Comecei ir atrás do assunto, quando aos meus 17 anos tive algo que se assemelha muito a “Percepção Dupla”: estava assistindo o filme “O Colecionador de Ossos”, já apresentando alguma sonolência com o filme, visto que não estava muito “emocionante” o enredo. Em meio as conversas com meus amigos e familiares, de repente, sem qualquer sintoma prévio, eu não estava mais na sala assistindo tv e sim atrás de uma duna, no meio do deserto, com um vento fortíssimo soprando. Ao meu lado algumas pessoas que não conhecia assustadas olhando para cima. Seguindo o instinto, de imediato olho para cima também e havia um triangulo gigante, cortado por três feixes de luz, descendo lentamente dos céus. Quanto mais se aproximava da superfície, mais a ponta do triangulo brilhava e quando estava para tocar o solo, a luz tomou o lugar e … eu estava vendo o filme de novo! Fiquei um tempo sem entender aquilo, nunca falei nada disso para quem quer que seja, nem para os meus amigos e familiares no momento que aconteceu. Parecia loucura, na época, nem sabia por onde começar a procurar por informação a respeito desse acontecimento. Também achei interessante é que eu não perdi dois segundos do filme, quando minha “visão” retornou estava exatamente na mesma cena que estava antes de iniciar a “outra percepção”. Embora tenha procurado e encontrado uma resposta cabível para o ocorrido anos depois, nunca havia visto outra pessoa ter (apesar de ter lido diversos relatos de pessoas sobre a Percepção Dupla). Esses dias, porém, estava assistindo a série Arrow, eu e a minha namorada e em meio aquele papo de enrolador do Oliver Queen, parei de ver e comecei a olhar para ela, concentrada no seriado. Tudo normal, eu incomodando, ela assistindo, até que em certo momento ela piscou e deu um salto na cama, com um rosto de espanto que, sinceramente, daria de supor que ele tinha se deparado com um personagem de um filme de terror. Ela, para minha surpresa, relatou que, estava vendo a série e do nada não estava mais ali e sim, dirigindo um carro, em meio a uma estrada de chão, circundada de um milharal, com uma tremenda dificuldade de enxergar o que estava a frente por ser noite e  contando apenas com a luz do farol do carro. Assim, em meio à esse cenário nada favorável, ela veio se deparar com o cavalo no meio da pista e … estava vendo Arrow novamente. Quando ela contou o que havia acontecido percebi do que se tratava. Resolvi então fazer o post, vai que tem outras pessoas buscando as mesmas resposta que demorei tanto para encontrar.
Por mais incrível que pareça, esses acontecimentos tem uma explicação lógica, assim como uma ilógica. Pela minha pesquisa, encontrei algumas respostas e daí depende em que você vai acreditar. Particularmente a visão da Ciência me agradou bastante:
Ciência – Percepção dupla é um distúrbio temporário de curto prazo que afeta o mesencéfalo, parte do cérebro responsável pelo estado de vigília (estado intermediário entre o desperto e adormecido). A sincronia entre o mesencéfalo é o hipotálamo é precisa, permitindo que o mesmo “desligue” o córtex cerebral no momento que o indivíduo adormece e entra em estado de descanso. Você e milhares de pessoas passam por isso todos os dias e nunca sofreram ou irão sofrer do problema da “Percepção Dupla”. Entretanto, uns poucos, como eu e minha excelentíssima namorada, tivemos o desprazer de ter o mesencéfalo errando na hora de enviar o estímulo que diz ao corpo “Ei corpo, está na hora de adormecer!”. O resultado desse erro se acumula, pois apesar de estar ainda consciente, o encéfalo vai produzir a atividade REM, vindo a sonhar. Como o cérebro humano não é capaz de lidar com esse tipo de situação, ele simplesmente substitui a percepção normal (aquilo que você está vendo) por aquilo que você está sonhando. Assim se forma a “Percepção Dupla”.
Misticismo – O misticismo chama isso por muitos nomes, dependendo da linha teísta que você segue encontrará uma explicação diferente. Dons carismáticos da profecia, Visão holística, Acervo de Udyat, Despertar de Sofia, enfim, cada um chama de uma forma, entretanto, entre umas variações e outras, reza a lenda que seriam pessoas que teriam acesso ao fluxo temporal (leia-se Destino) momentaneamente, permitindo que observem momentos futuros ou passados, seus ou de outras pessoas, de um ambiente, desse universo, de outros universos e de outras dimensões.
Enfim, apesar da explicação mística ser muito mais maneira, não dá para negar que a lógica científica, embora ainda não comprovada, leva vantagem na explicação do ocorrido. Entretanto, disponibilizo as duas interpretações para o leitor escolher aquilo que cabe melhor à sua representação da realidade.
E você, já teve algum caso assim? Conhece alguém que teve um caso assim? Comente.

Fonte: Babuwin / Ahduvido

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Déjà vu


Você está andando por uma outra cidade, ou um lugar desconhecido, e de repente aquela sensação de que passou por ali. Para isso se dá o nome de “déjà vu”, que em francês significa “já visto”.
É uma sensação de familiaridade com uma coisa que não deveria ser por se tratar de algo novo.
A porcentagem de pessoas que já tiveram um déjà vu é de cerca de 70%, porém por ser uma estimativa pode variar muito. Segundo uma pesquisa publicada no Scientific American, o déjà vu é mais comum em pessoas com idade entre 15-25 anos, etapa em que a experiência acontecesse com mais frequência.
O déjà vu ainda é um mistério para a ciência. Sabe-se que o lobo medial temporal é vital para a retenção de memórias de longo prazo de fatos e eventos. Foi descoberto que o déjà vu é mais facilmente induzido em pacientes com epilepsia através de estimulação elétrica do rinencéfalo ao invés do hipocampo. Estas observações levaram à especulação de que o déjà vu é causado por uma descarga disfuncional no cérebro.
Tem sido proposto que o déjà vu poderia ser desencadeado por uma descarga neurológica similar, resultando numa estranha sensação de familiaridade.
Há um estranho caso de um jovem britânico que vem experimentando constantes déjà vus durante anos, como se fosse uma repetição do tempo. Inclusive ele teve que deixar os estudos por conta disso, além de outros setores de sua vida social serem afetados. Detalhes desse caso foi publicado no Journal of Medical Case Roports.
Mas como ainda existem inúmeras coisas que a ciência não consegue explicar, vamos fazer a ponte Ciência-Espiritualidade.
Para a grande maioria o déjà vu está diretamente ligado à vidas passadas, porém existem um estudo feito pela Spiritual Science Research Foundation, que estuda a vida através da metafísica, onde aponta que 30% dos casos estão relacionados com experiências tidas nessa vida e em vidas passadas.
50% dos casos é o chamado“Fenômeno Diapasão”, onde tudo, até objetos inanimados emitem frequências para a aura do local, e assim quando o déjà vu ocorre, seria um momento em que estamos captando esse energia em que o cérebro faz a tradução de uma experiência já vivida.
20% estaria relacionado com os espíritos em nossa volta, como por exemplo em um momento em que temos a influência de um espírito, mentor espiritual, que fora do espaço-tempo já teve aquela experiência, e nos transmite.
No filme Matrix, o personagem Neo teve uma espécie de déjà vu ao ver um gato, que seria uma falha na matrix, onde o programa, que é o nosso mundo, havia sido alterado. Clique aqui para assistir a cena.
A sensação de déjà vu também é atribuída à Viagem Astral ou aos sonhos, quando estamos fora de nosso corpo físico em experiências em outros mundos ou nesse, e que ficam gravados em nosso subconsciente.
E você, teve um déjà vu ao ler essa matéria?
Fonte: Tô no Cosmos

terça-feira, 21 de junho de 2016

A hora morta



Existe um estudo sobre um certo momento da madrugada que chama a atenção, passa-se entre as 3:00 e 3:59 da manhã. Por algum motivo diversas pessoas com depressão acordam essa hora e se sentem muito mais tristes que o normal. Assim como há muitas pessoas que não tem depressão mas que despertam e só conseguem voltar a adormecer depois das 4:00. Uma das hipóteses para isso é que esse é o auge da ...

madrugada e que a frequência energética das pessoas fica muito baixa nesse momento, até mesmo a de batimentos do coração, e graças a isso há esse efeito. No entanto para aqueles do meio místico de diversas crenças, existe uma outra explicação para isso, essa é a chamada Hora Morta. A hora morta trata-se do momento em que portais para outro mundo são abertos e espíritos ficam com uma influência muito maior sobre a terra, deixando assim um momento perfeito para muitos serem atormentados, tendo pesadelos ou mesmo vendo vultos, ouvindo vozes ou até vendo aparições perfeitas de espíritos.

O termo Hora Morta é desconhecido para mim, mas muitos bruxos acreditam que das três horas (madrugada) em diante apenas os demônios subalternos continuam atuando, até cerca das quatro horas, quando já se inicia o processo do amanhecer. Cabe observar que a partir das quatro horas os galos podem cantar. O que determina o imediato retorno dos demônios ao reino subterrâneo.

Existem diversos relatos de pessoas que acordam durante a hora morta e vão ao banheiro ou beber água, e é quando veem algo, o espelho é um portal para o outro mundo e se nesta hora você olhar possivelmente vera um vulto. Por isso se você acordar nesse horário, pode ser que você seja apenas o seu corpo reagindo à baixa frequência energética, ou pode ser algo pior.

A Hora do Demônio



Os demônios tem uma hora em que eles estão mais fortes na terra, uma hora onde a cortina do nosso mundo e do mundo deles é erguida, e esta hora é três da madrugada... Você já deve ter visto em muitos filmes focar o relógio e mostra que é 3 da madrugada ou um pouco depois, e então levar um grande susto, pois algo maléfico acontece ao personagem. Existe uma verdade nisto, pois para muitos estudiosos do sobrenatural, 3 da madrugada é a hora que os demônios estão na terra e é nesta hora que as pessoas estão mais suscetíveis a sofrerem seus tormentos. Mas por que 3 da madrugada? Muitos acreditam que é porque as 3 da tarde foi o horário da morte de Cristo, e esta hora tornou-se a hora simbólica de Jesus. Três da madrugada seria a hora oposta, ou seja, a hora maligna.

Assim, acordar as 3 da manhã para muitos já é um sinal de algo ruim, agora se você escutar algo como 3 batidas, 3 vezes seu nome sussurrando em seu ouvido, ou qualquer coisa múltipla de 3 meu amigo, reza bastante! Tudo que vem em 3 é para zombar o cristianismo, que é baseado na Santíssima Trinidade: Pai, Filho e o Espírito Santo. Além disso é geralmente por volta das 3 da manhã que as pessoas estão mais sensíveis a atividade de espíritos, dando assim uma vantagem maior para os demônios. O véu que separa o mundo dos espíritos do nosso é erguido.

Uma opinião diferente

Nos Estados Unidos eles não usam o relógio de 24 horas, mas sim o de 12, e escrevem na frente da hora o AM e o PM, que significam, respectivamente, "Ante Meridium" e "Post Meridium", isto é, antes e depois do meio-dia (em inglês, "before midday" ou “after midday"). ex: 2:00 AM = 2:00 h (duas da madrugada) 2:00 PM = 14:00 h (duas da tarde)
Para o mago Mr. Tlaloc é um erro afirmar que 03:00 P.M (três da tarde) é o horário da trindade, afinal 03:00 pm equivale às “15:00h” e 15 é o número místico de SATANÁS e “15 no TAROT é o Diabo”. Portando o horário da TRINDADE é 03:00 h da manhã e 15:00 h é o horário do Diabo. Exatamente o contrário da crença da maioria dos pesquisadores.
Tlaloc continua sua explicação dizendo:
"Compreendo que nos EUA não se usa o termo 15:00h e sim 03:00 pm, porém você acha correto dar o “primeiro” 3° horário do dia para o diabo, e dar para a Trindade o último 3° horário?? Claro que não! Para Deus devemos dar a “Primeira Terceira hora do dia” ora. Portanto 3:00 da manhã é o horário da TRINDADE."
Fonte: O Arquivo

domingo, 19 de junho de 2016

Malleus Maleficarum - O Martelo das Bruxas




Malleus Maleficarum (traduzido para português como Martelo das Feiticeiras ou Martelo das Bruxas) é um livro escrito em 1484 e publicado em 1486 (ou 1487), por dois monges alemães dominicanos, Heinrich Kramer e James Sprenger, que se tornou uma espécie de "manual contra a bruxaria". O livro foi amplamente utilizado pelos inquisidores por aproximadamente duzentos e cinqüenta anos, até o fim da Santa Inquisição, e servia para identificar bruxas e os malefícios causados por elas, além dos procedimentos legais para acusá-las e condená-las.
O Malleus Maleficarum traz inúmeras e exageradas descrições e, até certo ponto, apelativas e incoerentes. O livro divide-se em três partes distintas, sendo que cada parte subdivide-se em capítulos chamados de Questões. A primeira parte, que contém dezoito questões, ensina a reconhecer bruxas em seus múltiplos disfarces e atitudes. A segunda parte traz apenas duas questões, mas a primeira está subdividida em dezesseis capítulos e a segunda em oito capítulos. Esta segunda parte expõe os tipos de malefícios, classificando-os e explicando-os detalhadamente, e os métodos para desfazê-los. A terceira e última parte, que contém uma introdução geral e trinta e cinco questões subdivididas, condiciona as formalidades para agir "legalmente" contra as bruxas, demonstrando como inquiri-las e condená-las, tanto nos tribunais civis como eclesiásticos.

As teses centrais do Malleus Maleficarum fundamentaram-se na idéia de que o demônio, sob a permissão de Deus, procura fazer o máximo de mal aos homens para apropriar-se de suas almas. Este mal é feito prioritariamente através do corpo, único canal em que o demônio pode predominar. A influência demoníaca é feita através do controle da sexualidade, e por ela, o demônio se apropria primeiramente do corpo e depois da alma do homem. Segundo o livro, as mulheres são o maior canal de ação demoníaca.
Ainda, a primeira e mais importante característica descrita no livro, responsável por todo o poder das feiticeiras, é copular com o demônio. Portanto, Satã é o "senhor do prazer". Dessa forma, uma vez obtida a relação com o demônio, as feiticeiras são capazes de desencadear todos os males, especialmente impotência masculina, impossibilidade de livrar-se de paixões desordenadas, oferendas de crianças à Satã, abortos, destruição das colheitas, doenças nos animais, entre outros. Porém, no próprio livro é citado que o coito com o demônio não seria exatamente carnal, já que estas criaturas eram espíritos, mas ocorria através de rituais orgíacos.


O surgimento do Malleus Maleficarum

No início do século IX, havia a crença popular sobre existência de bruxos que, através de artifícios sobrenaturais, eram capazes de provocar discórdia, doenças e morte. Por sua vez, a Igreja não aceitava a existência de bruxos e ainda, baseado no Conselho eclesiástico de São Patrício (St. Patrick), afirmava que "um cristão que acreditasse em vampiros, era o mesmo que declarar-se bruxo, confesso ao demônio" e "pessoas com crenças não poderiam ser aceitas pela Igreja a menos que revogue com suas palavras o crime que cometeu".
Na segunda metade do século X já havia penalidades severas para quem fizesse uso de artes mágicas. No século XIV (1326) a Igreja autoriza a Inquisição a investigar os casos de bruxaria. Pouco mais de cem anos depois, em 1430, teólogos cristãos começam a escrever livros que "provam" a existência de bruxos. O livro Formicarius, escrito por Thomas de Brabant, em 1480, aborda a relação entre o homem e a bruxaria.
Em uma sociedade na qual a religiosidade, política, sexualidade e artes estavam interligadas e sob o domínio da Igreja, transgredir as normas de conduta em apenas um desses campos, acarretaria, por conseqüência, numa transgressão generalizada e direta sobre o poder do clero. Dessa forma, sob o papado de Inocêncio VIII, o Malleus Maleficarum nasceu da necessidade que a Igreja Católica tinha de organizar e legitimar suas práticas, principalmente quando relacionadas à Santa Inquisição, que já atuava desde o final do século XII. Até aquele momento, não havia uma referência oficial que abordasse a questão da bruxaria. Fazia-se necessário um documento escrito, aprovado pelo corpo eclesiástico, que tivesse valor legal e determinasse com maior precisão possível, as práticas de feitiçaria e suas respectivas punições.
Heinrich Kramer e James Sprenger, através de uma bula de Inocêncio VIII, foram nomeados inquisidores para que investigassem as práticas de bruxaria nas províncias do norte da Alemanha e incumbidos de produzir a obra que institucionaliza-se e legitima-se a ação da Igreja. Por aproximadamente dois anos, encarregaram-se da produção do espesso trabalho de mais de quatrocentas páginas. Por fim, o Formicarius foi acoplado e passou a fazer parte do tratado eclesiástico intitulado Malleus Maleficarum. A imprensa, recém surgida, facilitou a divulgação da campanha movida pela Igreja contra as feiticeiras.


Mulheres & Feiticeiras

Tradicionalmente, nas culturas pré-cristãs, a mulher era objeto de adoração e respeito. Era a fonte doadora da vida e símbolo da fertilidade. Porém, mesmo sob a alegação formal de combater a heresia em todas as suas variações, as descrições contidas no Malleus Maleficarum, fundamentadas em conceitos de uma civilização patriarcal, contribuíram para construir uma idéia fantasiosa e infamante sobre as mulheres.
Esta idéia podia ser legitimada através do preceito que Eva surgiu de uma costela torta de Adão. Logo, ocorreu a associação que, conseqüentemente, todas as mulheres não podiam ser retas em sua conduta. Ainda, o pecado original ocorreu através do ato sexual (na metáfora de Adão e Eva comendo maçã) e, assim, a sexualidade era o ponto mais vulnerável do ser humano. Portanto, segundo o livro, "mas a razão natural está em que a mulher é mais carnal do que o homem, o que se evidencia pelas suas muitas abominações carnais".
Desse modo, qualquer mulher que se dispusesse a tratar pequenas enfermidades ou ferimentos com preparados domésticos à base de ervas, morasse sozinha e tivesse um animal de estimação (um gato, por exemplo), tivesse com- portamento pernicioso, entre outras alegações superficiais, podia ser acusada de bruxaria.

tortura, como é sugerida no próprio Malleus Malefi carum, era o método utilizado para extrair as confissões das supostas bruxas. Aparelhos como A dama de ferro e a Cadeira das Bruxas eram amplamente utilizados. Além de torturas menos sofisticadas, como aquecimento dos pés ou introdução de ferros sob as unhas. Deste modo, a ré passava por tantos suplícios que acabava por admitir as sentenças elaboradas pelo inquisidor.
Ainda, as lendas em torno das supostas bruxas propa gavam-se entre o povo. Através da ação demoníaca, uma mulher podia ser capaz de se transformar em animais, voar e manipular a vontade, confundir o pensamento e a atitude de outras pessoas. Provocar ereção masculina ou a impotência sexual; além de inibir ou aumentar a libido de suas vítimas. As bruxas, em seus rituais, dançavam nuas nos campos e se alimentavam de fetos e cadáveres.
Atualmente, aos olhos da ciência moderna, principalmente da psicanálise, diversos "sintomas e indícios" de possessão demoníaca descritos no Malleus Maleficarum são apenas disfunções mentais, como histeria e alucinações. O ocorrido em Salem, Nova Inglaterra, no fim do século XVII, é um bom exemplo de histeria coletiva. Ainda sob o olhar dos historiadores modernos, os motivos que levaram à produção do Malleus Maleficarum não são mais que artimanhas políticas com pouca ou nenhuma argumentação religiosa.
De qualquer forma, o Malleus Maleficarum é um produto religioso e político dos mais significativos da Idade Média. Não é possível dissociá-lo do contexto histórico da Santa Inquisição, da Igreja Católica medieval, tampouco dos principais acontecimentos daquela época, como a peste negra, a queda do sistema feudal, a invenção da imprensa e o início da Renascença. Isto porque, de forma direta ou até mesmo contraditória, um acontecimento impacta sobre outro. Assim, o Malleus Maleficarum é mais que um "código penal eclesiástico" utilizado na Idade Média; é um registro fiel do que foi parte do pensamento da Igreja Católica medieval, com uma imensa oposição à figura da mulher e um desejo ensandecido de manter a autoridade política, econômica e religiosa e, desse modo, de todo um contexto deste capítulo da história da humanidade

Por Spectrum

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sexta-feira, 17 de junho de 2016

Paradoxos Temporais


Quem nunca assistiu De Volta Para o Futuro e ficou imaginando como seria viajar no tempo?


E mais, quem não ficou louco com o Marty McFly lá no primeiro filme da trilogia, quando ele volta no tempo, e depois de uma confusão precisa fazer com que seu pai e sua mãe se encontrem, apaixonem, e então ele e seus irmãos possam nascer?
 Isso nos leva a pensar uma coisa: ele só pode voltar ao passado porque “estava nascido” no presente, porém, se havia nascido foi porque ele próprio já havia voltado anteriormente e feito tudo isso, mas como ele voltaria e organizaria seu próprio nascimento se ainda não existia para voltar e fazer tudo acontecer??? De alguma forma o ciclo não consegue iniciar, afinal para ele nascer ele precisaria voltar ao passado, mas como voltar ao passado sem antes nascer??? AAAAAAAAAARGH 



E mais, porque seus pais não lembravam, no presente, de terem conhecido ele, 20 anos antes? Se você já está com a cabeça fritando, nem vou me aprofundar no outro paradoxo que acontece no 3º filme, quando o Doutor é morto no Velho Oeste (cerca de 200 anos antes do presente), impedindo que ele estivesse vivo no presente e construísse a máquina do tempo no 1º filme para que então pudesse voltar ao Velho Oeste para morrer!! Enfim, o que estou querendo dizer é que viajar no tempo não é tão simples como parece e este ato gera MUITOS paradoxos, e são alguns deles que vamos ver hoje.


 01 - Paradoxo do Avô


 Esse é com certeza o mais famoso de todos, tanto que, é aquele que ocorre no filme. Funciona assim: Imagine um viajante temporal que volta ao passado com a missão de matar seu próprio avô enquanto este ainda é uma criança, desta forma o pai do viajante não nasceria, tão pouco o viajante. Ok, digamos que ele tenha feito tal ato, o que aconteceria agora ao viajante? Será que ele deixaria de existir? Bom se ele deixasse de existir então não poderia voltar ao passado e matar seu avô, logo seu pai nasceria, ele nasceria e então, poderia voltar no tempo para cometer o assassinato.....BANG!!! 


02 – Paradoxo das Linhas de Tempo Alternativas

Segundo esse, o passado não pode ser modificado, de forma alguma, impossível. Assim, qualquer tentativa de mudá-lo por um viajante irá causar a o surgimento de uma linha de tempo alternativa, ou seja, um universo paralelo. Um local coexistente ao presente de onde ele veio, paralela à linha temporal original a partir daquele ponto de mudança, onde ele mudou as coisas. E não precisaria ser um grande evento, não, como a morte de Hitler ainda bebê, por exemplo, a simples chegada do viajante ao passado já causaria sua mudança e faria surgir uma nova dimensão, tão real quanto aquela da qual ele veio.


 03 – Paradoxo dos Loops de Informação 

Origina-se quando uma certa informação é enviada do futuro para o passado, de modo que, a mesma passa a se tornar a fonte inicial da informação, tal como existia no futuro. 


04 – Paradoxo da Acumulação 

Vamos imaginar Imaginemos que você volte a um determinado ponto do seu passado, onde, originalmente esteve, digamos que seu aniversário de 16 anos. Nessa realidade você encontraria sua própria cópia, ou seu original, enfim, a partir dali, uma outra cópia sua passaria a existir. Teria 2 de você por aí nesse momento, aí digamos que nesse universo a cópia chegasse ao presente e também voltasse ao mesmo passado. Pronto, teríamos 3 de você...


 05 - Paradoxo da Causa e Efeito

 Esse é o caso clássico de viagem no tempo. Afinal, quem não gostaria de voltar no tempo e fazer alguma coisinha de modo diferente? Assim, caso você viajasse para o passado com este objetivo, ao alterar um evento para mudar o presente, por exemplo, impedir que alguém da sua família morra, o motivo pelo qual você viajou iria deixar de existir, e, consequentemente a viagem também não teria necessidade de ocorrer, então ela não estaria viva, e bem, como você deve estar imaginando, voltamos àquele ciclo sem respostas.


 06 – Paradoxo do Deslocamento em Trânsito

 Segundo teorias, a cada viagem, os aventureiros levam consigo seu próprio tempo, ou, entre outras palavras, levam o presente do modo exato como estava no momento de sua viagem, e por isso, não poderiam ser afetados por alterações ocorridas depois de sua partida. No entanto, quando voltarem ao seu presente sofrerão os efeitos das alterações por retornarem a um presente agora modificado. Essa é uma possível solução ao paradoxo 1, o do avô. 


07 – Paradoxo da História Retroativa

 Esse é mais simples de se entender – ou não. Ocorre quando pessoas do futuro (digamos que hoje), que não haviam nascido na época de algum acontecimento (digamos que a Revolução Francesa), volta à essa época e acaba se tornando protagonista desse evento. 


08 – Paradoxo dos Loops Sexuais

 Esse é fácil de imaginar, e ocorre quando um viajante temporal volta ao passado, acaba fazendo sexo com um ancestral e, por fim, torna-se um ancestral de si mesmo.


 09 – Paradoxo da Descontinuidade

 Esse não envolve 1 viajante do tempo, mas 2, 3, ou sabe-se lá quantos você conseguir imaginar. Acontece assim: Alguém viaja e encontra no passado um conhecido que partiu de um ponto do futuro diferente do dele. Essa pessoa pode não reconhecer o viajante, pois no presente dela, eles ainda não se encontraram, ou pode ocorrer o contrário, o viajante pode encontrar alguém que veio de um tempo mais à frente do que o seu, e que, por isso, sabe o que vai ocorrer com ele dali para a frente. 


10 – Paradoxo Final 

Quero ver você achar uma resposta para esse. Segue: Um viajante volta ao passado e muda a História de modo que viagem no tempo nunca venha a ser inventada; exemplo: volta e mata o avô do criador da tecnologia, e o pai do financiador do projeto, fazendo a fortuna dos investidores nunca existir. E agora??? 


11 – Lei dos Paradoxos Menores

 Se dois paradoxos mutuamente exclusivos puderem ocorrer ao mesmo tempo devido a uma só viagem do tempo (digamos que o do avô e o da causa e efeito), acontecerá primeiro o menos paradoxal deles. Sim, até os paradoxos temporais têm regras a serem seguidas. 


12 – Paradoxo da Fraude

 Um dos meus preferidos. Digamos que certo viajante volte ao passado e efetue uma ação qualquer. Essa ação no passado, causada pelo viajante do futuro, afeta a linha do tempo, que se desenrola até chegar novamente ao viajante em seu tempo atual (antes da viagem), e esse, decide fazer tudo de modo diferente, ou seja, não realizar tal ação que mudou tudo. 


13 – Paradoxo da Duplicação

 Ocorre quando alguém volta ao passado, encontra-se consigo mesmo, e por causa de algo que faz, impede sua versão passada de viajar futuramente ao passado, tal como fez, alterando assim sua própria História e criando uma duplicata permanente e uma nova realidade. 


14 - Paradoxo da Alteração da História

Estabelece-se quando um viajante volta ao passado e altera a História. Não satisfeito, ele volta no tempo outras tantas vezes e altera ou reverte a própria alteração, editando assim a História. Praticamente um paradoxo dos paradoxos. 


15 – Paradoxo da Propagação 

Este paradoxo envolve variáveis físicas de tempo e espaço. Exemplo: Será que a velocidade na qual a alteração da História irá se propagar será constante? Será instantânea? Irá seguir uma taxa de propagação arbitrária e imprevisível? Ou será que vai depender de um certo fator, como a probabilidade de que a alteração feita seja irreversível? Façam suas apostas. 


16 – Paradoxo dos Loops de Objetos e Pessoas 

 Como o nome sugere, esse acontece no momento em que um objeto ou pessoa é aprisionado em um loop temporal, como no Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, ou quando a própria existência da pessoa no futuro depende de ações causadas por ela no passado, como no filme “O Exterminador do Futuro” e a Skynet e os ciborgues. 


17 – Paradoxo dos Loops de Repetição

 Acontece quando a viagem no tempo não se dá no sentido tradicional como vimos até aqui, onde a pessoa entra em um Delorean ou qualquer outra máquina do tempo e se transporta no sentido físico da palavra – com seu corpo – para um outro ponto do passado ou futuro, mas quando ela “revive” várias vezes em um intervalo aleatório de tempo, como acontece no filme “Feitiço do Tempo”. Dois paradoxos estão envolvidos aqui. São eles: O loop de repetição em si que é inexplicável pelas nossas leis da física, e o fato de que a pessoa envolvida mantém as mesmas memórias após cada volta do loop e ressurgimento em um ano aleatório.


18- Paradoxo Genético

Acontece quando um viajante do tempo tenta propositadamente tornar-se seu próprio pai ou ancestral (aqui está a diferença do paradoxo sexual). Como sabemos, para que possamos nascer, metade dos genes do nosso pai se unem a metade dos genes da nossa mãe e voilá, temos carga genética para surgir um novo ser. Acontece que para se tornar pai de si próprio, o viajante terá que obter metade de seus genes de si mesmo, e a outra metade da sua mãe (que ele também já tem em seu código), ou seja, os genes são idênticos. E esse problema não está somente na ligação direta mãe e filho ou pai e filha, mas sim em qualquer grau de ancestralidade. Para atenuar a tensão do ambiente, não consigo imaginar alguém tão louco ao ponto de querer testar esse paradoxo. 


19 – Paradoxo da Duplicação Cumulativa
Acontece quando um objeto ou pessoa é removido de seu tempo originário, depositado em um outro momento, e, depois do retorno a um instante imediatamente anterior à primeira remoção, repete-se o processo, transportando-se sempre a pessoa ou o objeto removido para o mesmo tempo e local. Faça isso várias vezes e você terá diversas cópias do objeto/pessoa (o pessoal que fazia o cheat de duplicação de itens no vídeo game sabe do que eu estou falando). Caso você esteja se perguntando se não é a mesma coisa do Paradoxo da Acumulação, explicamos a diferença: naquele paradoxo há uma linha contínua ligando todas as cópias em sucessivas viagens, aqui, traçar essa linha não é possível.


 20 – Paradoxo Metabólico

 Mais um que envolve conceitos físicos da matéria avançados (todos os conceitos da física são avançados para mim). Acontece no momento em que o viajante perde sua integridade temporal quando transportado para o passado ou futuro devido ao seu metabolismo, ocasionada pela constante troca dos seus átomos originais por átomos da sua novíssima matriz temporal. 


21 – Paradoxo da Substituição Temporal

 Semelhante ao anterior, mas diferenciável por suas causas e consequências. Ocorre quando um viajante passa um longo período no passado. Acontece que como ele não é parte daquela matriz temporal obsoleta, ocorre uma substituição espontânea de todos os seus átomos por átomos do passado (sim, nossos átomos estão sempre se renovando, vide as células de pele que “morrem” e são substituídas diariamente). Segundo os teóricos, isso iria acabar gerando um novo indivíduo – considere o antigo viajante como um monte de átomos diluídos e integrado a outras formas – com novas memórias. Com isso a História mudará e a linha temporal original – o futuro – do viajante desaparece (pelo menos assim como ele a deixou quando viajou). 


22 – Paradoxo Mnemônico 

 Acontece depois da ocorrência de um Paradoxo de Alteração da História, de Descontinuidade ou então de um Paradoxo da Fraude que envolvam o próprio viajante. Isso é, quando ele afeta seu “eu” passado, embora ainda não tenha memoria desse evento de seu próprio passado.


23 – Paradoxo do Continuum 

 Envolve o conceito de que tudo o que aconteceu ou irá acontecer já está registrado no “Continuum”, mais um conceito (MUITO) abstrato, e o passado até pode ser afetado, mas não modificado pelos viajantes. Até mesmo a própria viagem no tempo já estaria ali registrada. Nesse caso, não só o passado não poderia ser modificado como, por exemplo, um viajante do tempo que visitasse várias vezes certo momento ao longo de sua vida, acharia neste tempo todas as suas duplicatas desde a primeira visita (elas sempre estiveram lá, assim como ele sempre tinha essa viagem no tempo para fazer). Este paradoxo que talvez seja o mais complexo de ser imaginado acaba por afetar vários outros paradoxos e até mesmo o conceito de livre arbítrio. Aaah, e ele também pode ser chamado de Paradoxo do Universo em Bloco ou Paradoxo Fatalista. 


24 – Paradoxo das Linhas de Tempo Alternativas 

Desdobra-se em: 

24.1 –Linhas Paralelas Conjunturais

Aqui o passado não pode ser modificado, e, qualquer tentativa causará a criação de uma Linha de Tempo Alternativa (LTA), paralela à Linha de Tempo Original (LTO) a partir do ponto de mudança. O problema é que, se levarmos ao pé da letra, a simples chegada de um viajante do passado já causaria sua mudança (ou vai dizer que você vê isso ocorrer com frequência??), e por isso o viajante sempre “aterrissaria” numa LTA, antes mesmo que ele pudesse tomar qualquer possível ação no passado. Uma possível solução dize que isso só se aplicaria ao Paradoxo do Avô. 

24.2 – Linhas Paralelas Estruturais

 Já de acordo com essa variante, há infinitas LTAs, que se dividem (calma, tá acabando) em outras duas possíveis estruturas, dependendo da ação do aventureiro temporal: 

24.2.1 – LTA Macroscópica

 Aqui, sempre vai existir uma linha de tempo alternativa (LTA) para cada possível opção de alteração macroscópica da linha de tempo original (LTO). 

24.2.2 – LTA Quântica 

Por fim, de acordo com este raciocínio, sempre existirá uma LTA para cada possibilidade de escolha quântica para cada partícula subatômica do universo. Bom e aqui terminamos para não ter que entra em conceitos como Teoria das cordas ou do multiverso (pelo menos por enquanto).

 E aí, o que achou? Qual sua preferida, no que você apostaria como mais provável, como solução? E se você não entendeu, não se preocupe, aliás, preocupe-se apenas se você entender 100%.


Fonte:
Post completo em:
https://www.oficinadanet.com.br/post/14231-os-paradoxos-temporais-e-o-derretimento-do-seu-cerebro



quinta-feira, 16 de junho de 2016

A realidade não existe até ser medida

Cientistas confirmaram as previsões bizarras da física quântica sobre a natureza da realidade, provando que a realidade não existe até ser medida.



Isso pode parecer um pouco complexo e bizarro, mas a experiência levanta uma questão muito simples: se você tem um objeto que pode agir como uma partícula ou como uma onda, em que ponto esse objeto decide ser partícula ou onda'?

Nossa lógica geralmente se supõe que o objeto é ou onda ou partícula pela sua própria natureza, e as nossas medições não afetam em nada essa natureza. Mas a teoria quântica prevê que o resultado depende de como o objeto é medido. E isso foi exatamente o que uma equipa da Universidade Nacional da Austrália descobriu.

Os cientistas provaram que a medição afeta essa mesma realidade. Ao nível quântico, a realidade não existe enquanto não for observada, afirma o investigador e físico Andrew Truscott em comunicado de imprensa.

Conhecido como experência da escolha de pensamento atrasada de John Wheeler, a experiência foi proposta pela primeira vez em 1978 usando feixes de luz devolvidos por espelhos, mas naquela época, a tecnologia necessária era praticamente impossível. Agora, quase 40 anos depois, a equipa australiana conseguiu recriar a experiência usando átomos de hélio espalhados pela luz laser.

Para recriar com sucesso a experiência, a equipa prendeu um grupo de átomos de hélio num estado suspenso conhecido como condensado de Bose-Einstein, e, em seguida, ejetaram-nos todos até que sobrasse apenas um único átomo.

Este átomo escolhido foi, em seguida, lançado através de um par de feixes de laser, que produziu um padrão de grade que agiu como uma encruzilhada que dispersou o caminho do átomo, assim como uma grade sólida que iria dispersar a luz. Eles então adicionaram aleatoriamente uma segunda grade que recombinou os caminhos, mas só depois do átomo ter passado a primeira grade.

Quando esta segunda grade foi adicionada, o átomo sofreria a interferência construtiva ou destrutiva, que é o que se esperaria se o átomo tivesse viajado tanto como uma onda ou como um átomo. Mas quando a segunda grelha foi adicionada, não se observou qualquer interferência.

O facto de esta segunda grelha só ter sido adicionada depois do átomo passar através da primeira grelha sugere que o átomo não tinha ainda determinado a sua natureza, antes de ser medido uma segunda vez. Isto significa que uma medição futura estava a afetar o caminho do átomo, explicou Truscott.

"Os átomos não viajam de A para B. Foi só quando eles foram medidos no final da viagem que o seu comportamento ondulatório ou de partícula foi trazido à existência", disse ele. Apesar de tudo isso soar incrivelmente estranho, é realmente apenas uma validação para a teoria quântica que já governa o mundo do muito pequeno.

Usando esta teoria, nós conseguimos desenvolver coisas como LEDs, lasers e chips de computador, mas, até agora, tem sido difícil confirmar de que forma esse mundo funciona. Os resultados completos desta incrível descoberta foram publicados na revista científica Nature Physics.


"Não existe realidade na ausência de observação" - Copenhagen
Fonte: Ciência Online

quarta-feira, 15 de junho de 2016

O universo é um holograma?



Uma equipe de físicos relatou a mais clara evidência já encontrada de que o nosso universo é um holograma. Mas calma, não vá imaginar algo próximo a Matrix. A ideia destes pesquisadores japoneses se refere à teoria de que as três dimensões que percebemos são na verdade apenas “pintadas” sobre o horizonte cosmológico – a fronteira do universo conhecido.
Se isso soa paradoxal, tente imaginar uma imagem holográfica que muda conforme você a movimenta (lembra dos tazos? Então). Embora a imagem seja bidimensional, observá-la de diferentes pontos cria a ilusão de que ela é 3D.
A nova pesquisa pode ajudar a reconciliar um dos problemas mais duradouros da física moderna: a inconsistência aparente entre os diferentes modelos de universo, como explicado pela física quântica e pela teoria da gravidade de Einstein. Os dois trabalhos científicos são o resultado de anos de trabalho liderado por Yoshifumi Hyakutake, da Universidade de Ibaraki, no Japão, e lidam com cálculos hipotéticos das energias de buracos negros em diferentes universos.
Este modelo do universo ajuda a explicar algumas inconsistências entre a relatividade geral (a teoria de Einstein) e a física quântica. Embora o trabalho de Einstein sustente grande parte da física moderna, em certos extremos (como no centro de um buraco negro) os princípios que ele esboçou desmoronam e as leis da física quântica assumem.
O método tradicional de conciliar esses dois modelos veio do trabalho do físico teórico Juan Maldacena, de 1997, cujas ideias baseavam-se na teoria das cordas. Esta é uma das “Teorias de Tudo” mais respeitadas (inclusive, Stephen Hawking é um fã) e postula que os objetos unidimensionais de vibração, conhecidos como “cordas”, são as partículas elementares do universo.
Maldacena saudou a pesquisa feita por Hyakutake e sua equipe, levando em consideração também os artigos que eles vinham publicando ao longo dos anos de trabalho. Para ele, os resultados são “uma forma interessante de testar muitas ideias na gravidade quântica e na teoria das cordas”.
Leonard Susskind, um físico teórico considerado como um dos pais da teoria das cordas, acrescentou que o trabalho da equipe japonesa “confirmou numericamente, talvez pela primeira vez, algo que tínhamos quase certeza de ser verdade, mas ainda era uma conjectura”.
Fonte: Hypescience