“A diferença entre passado, presente e futuro é apenas uma persistente ilusão…”, Albert Einstein.
Existe um lugar em que o tempo passa diferente de pessoa para pessoa. Nesse lugar, nenhum relógio marca a mesma hora e passado, presente e futuro estão essencialmente congelados, e também aconteceram ao mesmo tempo. Também tudo o que aconteceu desde a origem do universo até o seu fim existe ao mesmo tempo.
Nesse lugar, o que para você é o futuro já é uma memória distante para outra pessoa. Para você, seu filho nem sequer nasceu, mas para seu vizinho ele já tem 20 anos. Em outras palavras, você pode nem ter decidido se quer ter filhos ou não, mas você não tem escolha. Deve ser chato morar em um lugar como esse, afinal de contas, você não parece ter liberdade de escolha, é tudo uma ilusão.
Mas que lugar é esse?
O nosso universo. Parece ficção, mas tudo isso foi descoberto pelo cientista mais célebre de todos os tempos, Albert Einstein, em 1905.
Desde que nascemos, temos a ideia de que o tempo passa no mesmo ritmo para todas as pessoas, e que todos no planeta viajam juntos rumo ao futuro. Não parece ser uma ilusão, certo?
Hora de complicar as coisas. De acordo com Einstein, o tempo é uma espécie de lugar, uma dimensão onde andamos até a morte. Enquanto você lê esse texto, o tempo passa, certo? Na verdade, não. É você quem está viajando por um lugar chamado tempo através de um meio de transporte que não pode ver, mas é bem rápido, tão rápido quanto a luz.
Esse meio de transporte invisível viaja a 1,08 bilhão de km/h, a velocidade da luz.
Como você deve saber, de acordo com a relatividade de Einstein, tempo e espaço são uma coisa só, chamada espaço-tempo, onde nada pode viajar mais rápido do que a luz.
E a essa altura, você já deve ter notado um grande problema. Se você está andando na velocidade da luz enquanto lê esse texto, se você se levantar e ir ao banheiro a 4 km/h, você terá ultrapassado a velocidade da luz?
É claro que não. O que acontece é que essa velocidade é descontada. Em outras palavras, “emprestadas” pelos motores que empurram o tempo. Eles emprestam um pouco de sua velocidade para tudo o que se move. Isso tem um preço, claro: o tempo passa mais devagar para você.
Sei que provavelmente está tudo muito confuso. Vou tentar exemplificar:
Você está parado nesse instante, atravessando o tempo a 1,08 bilhão de km/h, mas então decide dar uma volta em sua Ferrari novinha a 180 km/h. O que acontece? Você pega emprestado do “banco do tempo” 180 km/h, e ele desconta de seu relógio, isto é, o tempo para você passa mais devagar em relação a todas as outras pessoas que estão paradas no momento. Um momento que durava 60 segundos agora passa a durar 59,9999999999953 segundos. O carro acelera, mas freia seu relógio – apenas o SEU. Depois de uma hora viajando no carro a essa velocidade, você viaja 0,0000000576 milésimo de segundo para o futuro.
Pouca coisa, certo? Sim, as velocidades que experimentamos no dia-a-dia são extremamente insignificantes para ter um efeito notável na passagem no tempo. 1,08 bilhão parece ser muito mais do que o suficiente…
Mas o banco do tempo pode falir?
Sim, e é aí que tudo fica ainda mais interessante. Se uma nave futurista viajar a 1 bilhão de km/h, o banco do tempo estará em apuros. Aí vai mais um exemplo:
Suponha que sua Ferrari possa atingir a mesma velocidade da suposta nave. Na rodovia que você viaja, há uma pessoa no bar. Então, um ladrão aparece do nada e aponta uma pistola na cabeça do indivíduo. Você passa pela rodovia à 1 bilhão de km/h. Seu relógio marca 14h30, e quando você passa em frente ao bar você não vê a pessoa sendo ameaçada de morte. Por que? Porque o tempo passou mais devagar para você do que para as pessoas no bar. Seu relógio marca 14h30, mas o relógio do bar marca 14h45. Você viajou para o futuro. E vê ou uma pessoa morta ou a polícia prendendo o sujeito no bar. Você vê algo que para as pessoas que estavam no bar ainda não está decidido.
Temos então um paradoxo. Tanto você como o homem ameaçado vivem o que os dois chamam de agora. Mas para ele é futuro algo que você já tem na memória, algo que para você já é passado.
Por incrível que pareça, as coisas ainda podem ficar mais complicadas. Segundo Einstein, grandes distâncias também podem distorcer a ideia de que exista um agora para todos. Em outras palavras, para um alienígena vivendo em outra galáxia, o momento em que você está em frente ao celular ou computador lendo esse artigo é um passado distante.
“A concepção dele sobre o que existe neste momento no Universo pode incluir coisas que parecem completamente abertas para nós, como o vencedor das eleições presidenciais dos EUA de 2100. Os candidatos ainda nem nasceram, mas na ideia dele sobre o que acontece exatamente agora já vai estar o primeiro presidente americano do século 22”, escreveu o físico Brian Greene, da Universidade Columbia, nos EUA, em seu livro The Fabric of the Cosmos (O Tecido do Cosmos).
Então o futuro já aconteceu…
Se você pensar um pouco, temos aqui uma conclusão extraordinária. Toda a história do universo já está escrita e, obviamente, não temos o que chamamos poder de escolha. Seu dia de amanhã já está definido no tecido da realidade do universo.
Universos paralelos
Existe, no entanto, uma teoria de que sim, temos poder de escolha mesmo em um universo determinado. São os mundos paralelos, e são ainda mais bizarros do que tudo o que foi apresentado até aqui.
A Teoria dos Muitos Mundos, criada pelo físico norte-americano Hugh Everett em 1957, sugere que a cada possível ação que fazemos, o universo se divide em realidades paralelas, onde cada possível ação é executada. Por exemplo, você está em uma festa, e encontra alguém que não tem coragem de puxar conversa. Em algum universo paralelo, uma cópia sua chegou até essa pessoa, e levou um fora. Em outro, a cantada deu certo. E em outro, vocês se casaram e tiveram filhos. Assim funcionaria com cada possível resultado de uma ação, infinitos universos gerados com infinitas possibilidades.
Temos, nesse cenário, um futuro aberto para qualquer coisa, o oposto do que a relatividade de Einstein aceita. Em teoria, é bonito, mas testar isso na prática é um desafio imenso (diferentemente da relatividade de Einstein, que já foi testada na prática com observações cósmicas e em laboratórios).
E você, leitor, fica do lado de Einstein e de sua relatividade, ou aposta em realidades alternativas paralelas? Tenha toda a liberdade de escolha para decidir. Ou não...
Indico o filme "Efeito Borboleta"
Fonte: Mistérios do mundo
A realidade paralela me deixa mais confortável, acreditando que a minha observação define a minha realidade, podendo eu assim a cria-la. Me parece mais sensato. pois nossas escolhas de "hoje" define o nosso "amanhã".
ResponderExcluirRégia .. na verdade você não "cria"... você apenas se move para uma realidade paralela onde aquilo que você quer já existe, é isso !!!
ExcluirMe sentindo tolo a fazer referência de um texto publicado anteriormente ao texto de Einstein, hoje tendo a acreditar que por todos os fatos que encontramos sobre a consumação do universo, acredito que o mesmo seja completo a nível de partículas podendo originar qualquer momento, mas a percepção da consciência como dizia Schrodinger é na verdade um acaso uma combinação de circunstancias estampadas em um quadro branco, que nos passa a idéia de consciência única humana. Em resumo, é como se todas as possibilidades existissem, mas você só percebe uma delas.
ExcluirIncrível! Faz todo sentido pra mim.
ResponderExcluirEu acredito em alguma coisa que concilia a Relatividade com as Realidades Paralelas. Não sei bem de que modo.
ResponderExcluirEu penso diferente, como Niels Bohr, as coisas, que não são observadas por nós só existem em probabilidade. Eu não sei o que anda a fazer o meu cão lá fora, existe um probabilidade, essa inclui o tempo futuro, presente e passado, quando são observadas passam ao nosso tempo. Quando observo o meu cão da-se o colapso da função onda e vejo que não foi atropelado.
ResponderExcluirTempo e uma forma arcaica que o homem ao passar do tempo viu nescessario para se localizar e controlar as acoes do seu tempo de vida, mas a ação de passado , presente e futuro ainda sao incognitas assim como a origem do universo e os seus limites, e a melhor explicao ate hj e a religiosa pq a cientifica e muito limitada apesar dos avanços.
ResponderExcluirTempo e uma forma arcaica que o homem ao passar do tempo viu nescessario para se localizar e controlar as acoes do seu tempo de vida, mas a ação de passado , presente e futuro ainda sao incognitas assim como a origem do universo e os seus limites, e a melhor explicao ate hj e a religiosa pq a cientifica e muito limitada apesar dos avanços.
ResponderExcluirVIVENDO E APRENDENDO. É FATO!!!!
ResponderExcluirNão falaram nada do tempo esférico onde o futuro e o passado podem ser a mesma coisa.Posso visitar o possível futuro ou ir ao passado e reorganizá-lo e/ou desfazê-lo ou compreendê-lo ao ponto de não precisar existir mais. Quem sabe da forma como editamos filmes.. Saindo da noção linear de antes e depois, tudo é possível, primeiro temos que nos familiarizar com esta hipótese e depois desenvolvê-la.
ResponderExcluirAcho que a consciência que expande entra nessa observação do tempo não linear,a partir da atenção e observação do seu próprio processo na vida material,creio nessa realidade da teoria da física quântica.nos tornamos ou ativamos o que verdadeiramente somos pela auto observação.
ResponderExcluirPerfeito ...
Excluirutilizar física quântica para probabilidades
Se observassemos o nosso planeta por cima, poderíamos ver o passado, presente e futuro ao mesmo tempo, da mesma forma que vemos um filme na TV, OU um DVD do mesmo filme, no primeiro antes víamos o filme na sequência, já com o DVD podemos por controle remoto, adiantar o tempo, ou voltar no passado do filme para revê-lo. Penso ser assim.
ResponderExcluirAcredito que somos responsáveis pelo nosso destino, de acordo com o Livre Arbitrio. No entanto, toda a nossa história já está plasmada no universo, mesmo antes de a vivermos. Fico com Einstein.
ResponderExcluirConcordo plenamente, a questão é, existe consciência em alguma dimensão "acima" do tempo?
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