quinta-feira, 12 de maio de 2016

Paradoxo temporal? Universo paralelo? Um relato extraordinário




Não tenho como precisar o dia, foi agora no fim de 2015, outubro ou novembro, o relato que deixo a seguir é verídico e sem qualquer explicação...ou quem sabe você pode me elucidar.

Trabalho em Itanhaém, uma pequena cidade do litoral sul de São Paulo e na época estava passando uma temporada em São Vicente a uma distância de mais ou menos 50 km..levava umas duas horas para chegar em casa. 
Era um dia comum, não tinha acontecido nada de extraordinário, saí como de costume as 17 hrs e  fui direto para rodoviária da cidade pegar o ônibus que me conduziria até São Vicente.

Sempre pegava esse ônibus as 17:20 no máximo 17:35 hrs, porém já eram quase 19 hrs e nada do ônibus aparecer, resolvi pegar um outro mais caro que iria para o mesmo destino.

Entrei no ônibus e me distrai pensando na vida, quando me dei conta percebi que havia pego o ônibus errado e estava indo no caminho oposto ao meu destino e logo fui falar com o motorista que me deixou na rodovia me indicando um ponto onde poderia pegar a condução correta para voltar.

O lugar era ermo e já havia escurecido, de repente um rapaz mal vestido, que veio não sei de onde me abordou perguntando se eu poderia ajudá-lo pois estava saindo de uma clinica de recuperação e precisava voltar para casa e não tinha como. Fiquei paralisada de medo pois logo imaginei que ele iria me assaltar. Falei que infelizmente não tinha nada e graças a Deus de longe vi o ônibus que eu esperava se aproximar, porém não tinha nome de destino, no letreiro apenas uma luz alaranjada, mais nada, mas como o ônibus era muito parecido não me ative a isso. Dei sinal e perguntei porque ele havia demorado tanto e ele me disse que era o único que estava fazendo aquela linha neste dia.

Entrei e fui logo para o fundo do ônibus, assim que sentei um rapaz me perguntou se eu sabia onde ficava a Praia Grande e eu disse que sim e que assim que estivesse perto eu avisaria.

Até aí parece tudo normal não é? Porém a partir desse momento as coisas começam a ficar bem estranhas...

Estava distraidamente olhando para fora e comecei a perceber que a paisagem tinha mudado e que eu não conhecia aquele caminho...Olhei a minha volta e percebi que no ônibus haviam muitas pessoas mal encaradas, senti um calafrio percorrer a minha espinha. Quanto mais tentava me localizar mais achava tudo diferente. Será que o ônibus era outro de novo? 

Avisei o rapaz que não poderia ajudá-lo pois estava perdida e fui falar com o motorista, perguntei se o ônibus estava indo para São Vicente pois não conhecia o caminho e ele disse que sim pórem não estava indo pela rodovia.

Sentei e mandei recado para o meu marido e disse que não sabia onde estava e que tudo me parecia estranho, conheço os caminhos que vão para São Vicente, tanto pela rodovia como pelas cidades, e não reconhecia nada. As luzes eram mais fortes e as ruas mais compridas e não se via em nenhum dos lados o mar, eram ruas sem fim. Era tudo muito mais escuro do que o normal.

Logo meu marido me ligou e perguntou onde eu estava e pediu que se eu reconhecesse algum lugar descesse e pegasse um táxi, pois já era muito tarde.

Assim que desliguei o celular uma voz nas minhas costas disse: "Esta perdida? Que coisa hein?" - Quando me virei para ver quem falava fiquei estarrecida, bem atrás de mim estava o rapaz que me pediu ajuda, o que tinha saído da clínica de recuperação. Mas como ele entrou no ônibus? Só tem uma entrada e eu subi sozinha. Na hora nem pensei nisso só imaginei que ele estava me seguindo e disse que meu marido iria me esperar no ponto, ele levantou e foi sentar-se em um banco que ficava ao lado do meu onde ele pudesse me olhar de frente.

Passou o resto da viagem me observando. De repente olhei para fora e tudo estava normal, estava na rodovia no caminho que eu conhecia tão bem, me senti mais segura e consegui chegar em casa sã e salva com mais de três horas do que costumava chegar.

Mas não acabou aí...Como achei tudo muito estranho resolvi investigar o que havia acontecido, procurei na internet outros itinerários de ônibus que faziam aquela linha, nenhum fazia o caminho que eu passei. Tentei todos os que achei, resolvi fazer o caminho no Google map e nada de reconhecer aquele lugar. Todos os dias olhava na rodovia se havia alguma entrada da qual deixei passar, nada. 

Não me dando por vencida fui verificar na rodoviária os ônibus que faziam aquela linha, e os horários do dia anterior, qual foi minha surpresa quando a recepcionista me informou que no dia anterior nenhum ônibus dessa linha havia rodado após as 16 hrs por falta de motorista.

Não posso estar louca, não sonhei com aquilo, não bebi nem usei qualquer droga alucinógena nem nada do gênero e prova disso foi o recado que enviei ao meu marido, ainda estava lá, tanto no meu celular quanto no dele.

Até hoje faço vários caminhos diferentes a procura do lugar que estive e ainda não achei nada nem parecido.

Alguém tem alguma sugestão do que pode ter acontecido?

Simplesmente bizarro...extraordinário demais.

KHumpel

Um comentário:

  1. Olá, moro numa cidade do interior do Rio de Janeiro, região serrana. Tenho uma história muito estranha. Há 16 anos atrás, eu estava cursando o segundo grau (ensino médio) no 3º turno (noite), após o intervalo sempre haviam mais duas aulas, chamávamos 4ª e 5ª aulas, naquele dia seriam duas aulas de geografia. Entre uma aula e outra sempre "batia" o sinal indicando a mudança de aulas, algo que não aconteceria na minha turma pois como já mencionado seria aula do mesmo professor (Aurélio era o nome dele).
    Ao soar o sinal ele havia me pedido (eu era o monitor da turma) para ir até o primeiro andar pegar umas cópias na sala que chamávamos de "sala da xerox", eram cópias de determinadas atividades que provavelmente ele aplicaria naquela noite. Me levantei e ao sair e fechar a porta senti uma tontura que quase me levou ao chão, ao me levantar veio uma sensação estranha muito semelhante ao dejavú porém mais tensa, acompanhada de uma agonia, sensação de sufocamento, horrível demais, quase inexplícavel. Ao me reequilibrar e respirar fundo a primeira coisa que notei, foi um silêncio incomum nos corredores, além lixo espalhado pelo chão como se o local estivesse abandonado, algo que era totalmente fora do usual. Procurei pelas escadas de acesso e para minha surpresa não as encontrei havendo somente uma parede no local. O corredor da outra ala estava parcialmente escuro como se não houvesse nenhuma turma no colégio, a única luz, pálida demais parecia vir de uma única lâmpada de uma das salas, olhei por alguns instantes como se calculasse o risco de ir até lá, claro que se fosse um filme a personagem iria até lá e provavelmente não voltaria nunca mais, mas na vida real é diferente somos guiados pelo instinto de sobrevivência (medo, rs).
    Abalado e desorientado retornei até minha sala, e já temia não encontrar mais nada lá, ao passar pela porta (e para nova surpresa) encontrei todos sentados normalmente ( o som de "burburinho" habitual da escola voltara), de súbito olharam assustados para mim, eu estava todo suado e pálido, segundo eles. Me perguntaram se eu havia passado mal, pois já haviam mais de 30 minutos (Como?) que eu tinha saído e não retornado (inclusive outra pessoa desceu para pegar as cópias!), sem saber exatamente o que aconteceu disse somente que senti um enjoo e fui até o banheiro. Fui aconselhado a ir até a enfermaria, mas como as horas eram avançadas achei melhor ir embora pra casa, juntei minhas coisas e me retirei, ao sair da sala notei que o corredor estava limpo (na medida do possível), a outra ala totalmente acesa e as escadas no lugar de sempre.
    Já em casa me recordo que aquela noite foi uma das mais difíceis da minha vida, meu sono era interrompido a todo instante como se alguém gritasse, não conseguia nem sonhar (pelo menos não me lembro), minha mãe até achou que delirava de febre (algo que não se revelou verdade pela marcação do termômetro). Só consegui retornar para a escola na semana seguinte. Ao procurar ajuda profissional uns médicos disseram ser ataque de síndrome de pânico, outros falaram de experiência dejavú, outros atribuíram ao cansaço por eu ter trabalhado durante o dia... enfim nunca se repetiu, e até hoje não faço idéia do que realmente aconteceu...

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