domingo, 15 de maio de 2016

Universos Paralelos em Colisão


Pela primeira vez, podemos ter conseguido um relance de um universo paralelo batendo contra o nosso.  Cientistas dizem que os sinais dos confins do espaço sugerem que o tecido do nosso universo esteja sendo perturbado por outro universo.  A descoberta poderia fornecer prova da teoria do multiverso, a qual diz que há muitos universos alternados.
O Dr. Ranga-Ram Chary, um pesquisador do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, examinou os dados do fundo de microondas cósmicas coletados pelo Telescópio Espacial Planck, da Agência Espacial Europeia. Dentro deste brilho deixado momentos após ao Big Bang, ele descobriu várias áreas onde a luz de microondas estava muito mais brilhante do que deveria ser.  Ele alega que estes podem ser o sinais de uma interação entre o nosso universo e outro, há centenas de milhares de anos após o Big Bang, por volta de 13,8 bilhões de anos atrás.
A existência de múltiplos universos – um multiverso – tem sido considerada cientificamente plausível.  Se todos estes universos emergiram do mesmo Big Bang, então, eles provavelmente estão posicionados juntos em fila, vibrando.  De acordo com a teoria, se estes universos se tocarem, a colisão resultante deixaria algum tipo de evidência.  De acordo com o New Scientist, que primeiramente reportou a pesquisa do Dr. Chary, isto é similar a quando duas bolhas se tocam.  Estes assim chamados ‘universos bolhas’, que estão expandindo dentro de um multiverso, teriam se tocado quando expandiram após o Big Bang, deixando uma impressão na superfície dos mesmos


Dados obtidos pelo Telescópio Espacial Plank

Dr. Chary diz que os sinais que viu sugerem que o universo alternativo seja bem diferente do nosso, tendo uma taxa de partículas subatômicas chamadas bárions e fótons de aproximadamente dez vezes mais do que vemos em nosso próprio universo.  Isto significaria que a física neste universo alternativo poderia ser muito diferente do que a nossa.
O cientista explicou: “O ajuste fino dos parâmetros no universo jovem, requerido para produzir o universo do nosso presente, sugere que este pode simplesmente ser uma região dentro de uma super-região externa que está inflando.  Muitas outras regiões além de nosso Universo observável existiriam, com cada região governada por um jogo diferente de parâmetros do que aqueles que temos mensurado em nosso Universo.”
O Dr. Chary chegou à esta conclusão através do uso de modelos de microondas cósmicas de fundo e da subtração destes modelos das fotos obtidas pelo telescópio Planck de todo o céu.  Então ele removeu os sinais das estrelas, gases e poeira.  Com todos estes removidos, tudo que deveria ser visível nas imagens seria ruído. Porém, Chary relata que, ao invés disso encontrou regiões espalhadas que eram 4.500 vezes mais brilhantes do que deveriam ser.  Considera-se que elas vieram de uma era da evolução do universo conhecida como recombinação, quando os elétrons e prótons se combinaram pela primeira vez para criarem o hidrogênio.  Esta era possui um espectro distinto de cor devido ao número limitado de átomos ao redor, e assim tem uma aparência única e anomalias podem ser facilmente visualizadas.
Ele escreveu: “A implicação é que a colisão de nosso Universo com um universo alternativo que possui uma densidade de bárion maior seja responsável pela assinatura de linha de recombinação aumentada.”
Outros astrônomos estão muito empolgados sobre esta descoberta.  O Dr. Jens Chluba, um astrônomo da Universidade de Cambridge, disse ao New Scientist: “Para explicar os sinais que o Dr. Chary encontrou com a radiação da recombinação cosmológica é necessário um grande melhoramento no número de (outras partículas) relativas aos fótons.  No reino dos universos alternativos, isto é inteiramente possível.”
A descoberta de outro universo seria abaladora.  Mais estudos deste possível universo paralelo podem ser possíveis logo, através do Primordial Inflation Explorer – PIXIE (Explorador da Inflação Primordial) da NASA, cujos instrumentos podem observar e analisar mais precisamente os sinais de luz de Chary, para produzir dados mais precisos sobre a inflação cósmica.  Os cientistas do Centro de Voo Espacial Goddard estão procurando por financiamento para o PIXIE, porém este financiamento pode não ser cedido até o final de 2016.

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